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Dra Marcela Mendes

Alimentação para artrite reumatoide: o que evitar e o que Incluir


A artrite reumatoide é uma doença autoimune que causa inflamação crônica nas articulações, levando a dores, inchaço e rigidez. Embora não exista uma cura para a artrite reumatoide, a alimentação pode desempenhar um papel importante no controle da inflamação e no alívio dos sintomas. Certos alimentos podem agravar a inflamação, enquanto outros podem ajudar a reduzi-la. Saber o que evitar e o que incluir na dieta pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.


O que evitar na alimentação


  1. Açúcares refinados

    Alimentos ricos em açúcar refinado, como doces, refrigerantes e bolos, podem piorar a inflamação. O consumo excessivo de açúcar eleva os níveis de glicose no sangue, estimulando a produção de substâncias inflamatórias. Limitar o açúcar é essencial para controlar os surtos inflamatórios associados à artrite.


  2. Gorduras trans e saturadas

    Alimentos ricos em gorduras trans e saturadas, como frituras, fast food, carnes processadas (salsichas, bacon) e produtos industrializados, aumentam os níveis de marcadores inflamatórios no corpo. Essas gorduras não apenas pioram a inflamação, mas também aumentam o risco de doenças cardiovasculares, que são mais frequentes em pacientes com artrite reumatoide.


  3. Alimentos ultraprocessados

    Alimentos ultraprocessados, ricos em aditivos, conservantes e sódio, podem agravar a inflamação e contribuir para o ganho de peso, o que sobrecarrega ainda mais as articulações. Embutidos, salgadinhos e refeições congeladas devem ser evitados.


  4. Glúten (para sensíveis)

    Embora o glúten não seja prejudicial para todas as pessoas com artrite reumatoide, alguns pacientes relatam uma melhora nos sintomas ao remover o glúten da dieta. Em casos de sensibilidade, produtos à base de trigo, centeio e cevada devem ser evitados.


O que incluir na alimentação


  1. Peixes ricos em ômega-3

    Peixes gordurosos como salmão, sardinha e cavala são ricos em ácidos graxos ômega-3, que possuem potentes propriedades anti-inflamatórias. O ômega-3 ajuda a reduzir a dor e a rigidez nas articulações, aliviando os sintomas da artrite. O ideal é consumir esses peixes de 2 a 3 vezes por semana.


  2. Frutas e vegetais coloridos

    Frutas como morangos, mirtilos, cerejas e vegetais como brócolis, espinafre e cenoura são ricos em antioxidantes e compostos anti-inflamatórios, como flavonoides e carotenoides. Eles ajudam a combater o estresse oxidativo, que contribui para a inflamação crônica nas articulações.


  3. Azeite de oliva extra virgem

    O azeite de oliva extra virgem contém oleocanthal, um composto com propriedades anti-inflamatórias semelhantes aos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). Usá-lo como a principal gordura na cozinha pode ajudar a reduzir a inflamação e melhorar a saúde cardiovascular.


  4. Oleaginosas e sementes

    Amêndoas, nozes, sementes de chia e linhaça são excelentes fontes de gorduras saudáveis, fibras e antioxidantes. Elas ajudam a reduzir a inflamação e também fornecem ômega-3 de origem vegetal, que é benéfico para a saúde das articulações.


  5. Grãos integrais

    Grãos como aveia, arroz integral e quinoa são ricos em fibras, que ajudam a manter o equilíbrio da microbiota intestinal. Uma microbiota saudável está diretamente ligada à redução da inflamação sistêmica, o que pode ajudar a controlar os sintomas da artrite.


  6. Cúrcuma e gengibre

    Cúrcuma e gengibre são especiarias com propriedades anti-inflamatórias bem conhecidas. A curcumina, presente na cúrcuma, ajuda a reduzir a inflamação nas articulações. Incorporá-las na rotina alimentar, em chás, temperos ou sucos, pode ajudar no controle dos sintomas.


Para pacientes com artrite reumatoide, a alimentação pode ser uma poderosa aliada no controle da inflamação. Evitar alimentos que promovem inflamação, como açúcares refinados, gorduras trans e ultraprocessados, e incluir alimentos ricos em ômega-3, antioxidantes e gorduras saudáveis pode fazer uma grande diferença na redução dos sintomas e na qualidade de vida. Além disso, consultar um nutricionista para personalizar o plano alimentar de acordo com as necessidades individuais é essencial para otimizar os resultados.

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